OPERAÇÃO ZEUS
FAB realiza avaliação do sistema de autodefesa do KC-390 Millennium
A Força Aérea Brasileira (FAB) conduziu entre os dias 21 e 25/07, na Base Aérea de Canoas (BACO), a Avaliação Operacional Contratual (AVOP) do sistema de autodefesa da aeronave KC-390 Millennium. A atividade integrou a Operação Zeus 2025 – Fase Self Protection System (SPS) e teve como objetivo verificar a eficácia e a conformidade dos sistemas de autoproteção do vetor, essenciais para missões em cenários operacionais modernos.
Coordenada pelo Instituto de Pesquisa e Ensaios em Voo (IPEV), do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), a avaliação contou com o apoio do Comando de Preparo (COMPREP), por meio do Instituto de Aplicações Operacionais (IAOp), e de Organizações Militares como o Primeiro Grupo de Transporte de Tropa a (1º GTT) – Esquadrão Zeus, o Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Transporte (1º/1º GT) – Esquadrão Gordo, o Primeiro Grupo de Defesa Antiaérea (1º GDAAE), o Grupo Logístico de Anápolis (GLOG-AN). Especialistas da empresa EMBRAER participaram como observadores da atividade.
Com o apoio do Primeiro Esquadrão do Décimo Quarto Grupo de Aviação (1º/14º GAV) – Esquadrão Pampa, sediado na Base Aérea de Canoas (BACO), a AVOP teve como objetivo validar a capacidade do KC-390 Millennium de detectar e reagir a ameaças guiadas por radiofrequência — fator essencial para a sobrevivência da aeronave em ambientes aéreos hostis. A atividade foi marcada pela sinergia entre as equipes técnicas, responsáveis pelo planejamento das missões e pela programação dos sistemas embarcados, como o Radar Warning Receiver (RWR) e o Counter Measure Dispenser System (CMDS), e as equipes operacionais, encarregadas da elaboração da doutrina de emprego e do suporte logístico necessário ao pleno funcionamento do sistema de autodefesa.
“A capacidade de identificar e neutralizar ameaças é fundamental para a segurança. A avaliação permitiu ao KC-390 fornecer informações precisas e opções de autodefesa cruciais para os pilotos em situações de combate”, afirmou o Capitão Aviador Fernando Polizel Culhari, do Instituto de Pesquisa e Ensaios em Voo (IPEV).
O Capitão Aviador Matheus Protásio do Nascimento, do Primeiro Grupo de Transporte de Tropa (1º GTT), destacou que a AVOP foi essencial para validar a capacidade do KC-390 de detectar ameaças e utilizar contramedidas de forma eficaz. Segundo ele, os resultados e as lições aprendidas durante a campanha devem contribuir significativamente para o aumento da taxa de sobrevivência da aeronave em cenários adversos. “O uso eficaz de contramedidas eletrônicas contribui diretamente para o aumento da taxa de sobrevivência da aeronave em situações reais de combate”, ressaltou.
Fotos: Sargento Deborah / BACO